Homens e mulheres nos negócios é uma dualidade que vende bem em revistas de negócios.
E quando isso define o perfil do cliente? O que você percebe?
Desde a época de freelancer até me tornar autônomo, um fato sempre foi constante nos projetos que participo: a liderança e o poder decisório de mulheres. O que antes parecia uma mera coincidência, hoje já encontro explicações.
Uma delas é que as mulheres tendem a buscar profissionais para suas demandas com mais rapidez. Pensam isso desde o início. Diferente dos homens que, primeiro, parecem sempre querer mostrar que são guerreiros faz-tudo, resolvendo as coisas de uma ponta à outra. É uma questão cultural difícil de ser quebrada, infelizmente.
É claro que generalizações são perigosíssimas. Mas ainda é possível ver empreendedores e empresários que palpitam em tudo só para mostrar que a ideia e atitude foi dele. É infantil? É. É inútil? Também. É improdutivo? Mais ainda.
Praticidade é mesmo uma característica masculina? Nem sempre
Curiosamente, de todas as clientes que tive, pouquíssimas vezes entramos em questões técnicas, pela técnica. E quando entramos, foi por questões práticas, que realmente podiam impactar o negócio.
Penso que isso acontece porque elas tem ideia de que fazer a engrenagem funcionar é muito mais importante do que pensar o funcionamento da engrenagem para… palpitar, sem muitas resoluções. É fato que quem está à frente de um negócio sabe que há coisas mais importantes a se fazer do que discutir se a cor é A ou B, porque uma vez, quando você trabalhou… e senta que lá vem a história.
Homens mais velhos, mais experientes, tendem a fugir desses imbróglios, quando sabem que a decisão impacta a folha de pagamento. Mas basta que o conhecimento passe próximo da sua zona de conhecimento, que algo pode acontecer.
Homens e mulheres, uma dualidade juvenil
Por conta de preconceitos históricos, a dualidade meninos vs meninas se repete em diversos ambientes. Muitos deles alimentados pela mídia, que sabe como isso vende (e bem!). Mas esse contraste mostrado no ambiente de negócios serve para nos mostrar algo que às vezes sinto:
Quando as mulheres estão no jogo, elas têm pressa de fazer tudo dar certo
Alguns vão jogar essa característica no fato de, historicamente, terem sido elas que gerenciaram diversas coisas nas casas, o que daria uma melhor visão geral de tudo. Pode até ser. Mas não justifica as características de alguns membros do sexo oposto.
Como falei lá em cima, a questão cultural do “homem que sabe de tudo” precisa ser superada. Entender como algo funciona só para dissertar sobre aquilo, só desvia o foco do ponto mais fundamental: produzir!
Por isso meninos, sejamos mais práticos. Ser subjetivo para mostrar um conhecimento é tipo repetir a orelha do livro sem tê-lo lido. No final, ninguém aprende nada e não fazemos nada com isso. Só vaidade. E pior, que não causa nenhuma boa impressão.
E aos homens e mulheres que fogem dos esteriótipos porque já entenderam que o importante é produzir mais e melhor, sigamos! O mundo é de vocês! Sem distinção.
