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O Rio e sua capitalização cultural

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O Rio e sua capitalização cultural

O Rio e sua capitalização cultural

A música é um dos maiores ativos imateriais do Brasil. Longe de ser uma afirmação patriótica, essa é uma constatação prática, seja pela qualidade dos músicos ou composições que são parte da trilha sonora da vida das pessoas. Uma informação em especial confirma: Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, ícone da Bossa Nova, está entre as canções mais executadas de todos os tempos.

Com referências musicais de várias regiões, a influência do Rio de Janeiro impacta a música brasileira. Distrito federal até o início dos anos 60, teve nele instalado parte significativa das sedes de empresas que operavam no país. Entre elas, gravadoras, estúdios de rádios e televisão, formavam na cidade um pólo de atração e retenção de talentos de todo o país.

Transferência da capital federal para Brasília, extinção do estado da Guanabara em 1975 e incorporação da cidade ao estado do Rio de Janeiro. Aos poucos, como você já deve ter lido diversas vezes, a cidade foi experimentando uma nova realidade, perdendo seu protagonismo no cenário nacional. Em paralelo, São Paulo cresceu, se consolidou como capital econômica do país e atraiu para lá sedes empresariais antes presentes na Guanabara.

Em 2007, como dizia vovó, começa o trololó que você já está cansado de ouvir. Copa, Olimpíadas… ok! Diante desse histórico de altos e baixos, os atuais rios de dinheiro no Rio de Janeiro o mantém altamente relevante no cenário nacional. Tentando decupar esse cenário, cheguei a alguns fatores importantes nesta capitalização cultural da cidade.

Alta capacidade criativa musical

O estado, em particular a região metropolitana, tem em sua história o desenvolvimento de 3 estilos musicais representantes da música brasileira: o samba, a bossa­ nova e o funk.

1. Desde os tempos da “política da boa­vizinhança”, nos anos 30 e 40, Carmem Miranda e Zé Carioca já representavam o país com o “samba no pé”, na música e filmes de Hollywood;

2. Nos anos 50 e 60, nasce a Bossa Nova e uma estética que influenciou as composições das gerações sucessoras, com João Gilberto, Tom Jobim e companhia representando esse novo som;

3. Chegam os anos 80 e 90 cheios de influências da música eletrônica e funk, até então americano. Assim surge o funk carioca, que apesar dos preconceitos, furou as barreiras radiofônicas e televisivas, tornando­-se um legítimo representante da música nacional.

Capital turística

A cidade é o maior pólo turístico do Brasil para o mercado internacional. Por esse motivo concentra muitas das referências do imaginário estrangeiro, sendo essa a porta de entrada de grande parte dos turistas. Mesmo em uma nação tão diversa, a cultura carioca é referencial internacional, tendo em sua música e cartões postais (Cristo + Pão de Açúcar) as representações sonoras e visuais do país.

Globo

A emissora de TV carioca é a principal produtora de conteúdo audiovisual do país, tendo no Projac um dos maiores núcleos de produção da América Latina. Por causa dela, boa parte dos artistas estão concentrados na cidade, o que faz com que os eventos promocionais (que contam com estes artistas) aconteçam nessa vitrine com mais frequência. Os artistas, em particular os que atuam nas novelas, são os grandes catalizadores dos novos sons e comportamentos que estão acontecendo na cidade. Consequentemente, a retenção de talentos provocada pela Globo é altamente benéfica para o Rio. Possivelmente, devido aos baixos orçamentos dos filmes nacionais, a “facilidade logística” da mão-­de-­obra também torna-se um atrativo para rodar os filmes na cidade.

Resultado: o Rio é o maior pólo de produção audio-visual do país. Também fazendo-se presente nas telas, só alimenta o imaginário paradisíaco em relação ao território guanabarino.

Aproveite para ver os vídeos também.

O Rio e sua capitalização cultural

A música é um dos maiores ativos imateriais do Brasil. Longe de ser uma afirmação patriótica, essa é uma constatação prática, seja pela qualidade dos músicos ou composições que são parte da trilha sonora da vida das pessoas. Uma informação em especial confirma: Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, ícone da Bossa Nova, está entre as canções mais executadas de todos os tempos.

Com referências musicais de várias regiões, a influência do Rio de Janeiro impacta a música brasileira. Distrito federal até o início dos anos 60, teve nele instalado parte significativa das sedes de empresas que operavam no país. Entre elas, gravadoras, estúdios de rádios e televisão, formavam na cidade um pólo de atração e retenção de talentos de todo o país.

Transferência da capital federal para Brasília, extinção do estado da Guanabara em 1975 e incorporação da cidade ao estado do Rio de Janeiro. Aos poucos, como você já deve ter lido diversas vezes, a cidade foi experimentando uma nova realidade, perdendo seu protagonismo no cenário nacional. Em paralelo, São Paulo cresceu, se consolidou como capital econômica do país e atraiu para lá sedes empresariais antes presentes na Guanabara.

Em 2007, como dizia vovó, começa o trololó que você já está cansado de ouvir. Copa, Olimpíadas… ok! Diante desse histórico de altos e baixos, os atuais rios de dinheiro no Rio de Janeiro o mantém altamente relevante no cenário nacional. Tentando decupar esse cenário, cheguei a alguns fatores importantes nesta capitalização cultural da cidade.

Alta capacidade criativa musical

O estado, em particular a região metropolitana, tem em sua história o desenvolvimento de 3 estilos musicais representantes da música brasileira: o samba, a bossa­ nova e o funk.

1. Desde os tempos da “política da boa­vizinhança”, nos anos 30 e 40, Carmem Miranda e Zé Carioca já representavam o país com o “samba no pé”, na música e filmes de Hollywood;

2. Nos anos 50 e 60, nasce a Bossa Nova e uma estética que influenciou as composições das gerações sucessoras, com João Gilberto, Tom Jobim e companhia representando esse novo som;

3. Chegam os anos 80 e 90 cheios de influências da música eletrônica e funk, até então americano. Assim surge o funk carioca, que apesar dos preconceitos, furou as barreiras radiofônicas e televisivas, tornando­-se um legítimo representante da música nacional.

Capital turística

A cidade é o maior pólo turístico do Brasil para o mercado internacional. Por esse motivo concentra muitas das referências do imaginário estrangeiro, sendo essa a porta de entrada de grande parte dos turistas. Mesmo em uma nação tão diversa, a cultura carioca é referencial internacional, tendo em sua música e cartões postais (Cristo + Pão de Açúcar) as representações sonoras e visuais do país.

Globo

A emissora de TV carioca é a principal produtora de conteúdo audiovisual do país, tendo no Projac um dos maiores núcleos de produção da América Latina. Por causa dela, boa parte dos artistas estão concentrados na cidade, o que faz com que os eventos promocionais (que contam com estes artistas) aconteçam nessa vitrine com mais frequência. Os artistas, em particular os que atuam nas novelas, são os grandes catalizadores dos novos sons e comportamentos que estão acontecendo na cidade. Consequentemente, a retenção de talentos provocada pela Globo é altamente benéfica para o Rio. Possivelmente, devido aos baixos orçamentos dos filmes nacionais, a “facilidade logística” da mão-­de-­obra também torna-se um atrativo para rodar os filmes na cidade.

Resultado: o Rio é o maior pólo de produção audio-visual do país. Também fazendo-se presente nas telas, só alimenta o imaginário paradisíaco em relação ao território guanabarino.