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Só se sua carne for de carnaval e o coração igual

Soluções digitais para instituições e marketing político.

Só se sua carne for de carnaval e o coração igual

Tem muita gente vendendo felicidade. A Coca-Cola vende. A Antártica também. Até o Bombril. Felicidade é quase uma commodity. Mas para mim, quando se fala de eventos sociais coletivos, existe uma grande diferença na safra de felicidade que brota nesse período específico entre fevereiro e março. É a de melhor qualidade. A mais honesta de todas.

Sim, honesta. Essa é a palavra. Sem floreios. Pense nos Natais e seus presentes trocados, no dia das mães e aquela preocupação do “o que fazer?” e “o que comprar?”, no dia dos pais e seus presentes baratos de última hora, na Páscoa e sua “chocolataria” desenfreada. Ou pior: um dia dos namorados onde um dos “queridos” não presenteou o outro… Veja, todas essas datas são importantes para alguém. E sempre há um dar e receber quase que obrigatório. Isso quando não é.

Gosto do carnaval desde que me entendo por gente. É claro que nos últimos 15 anos muita coisa mudou. Muita mesmo. O “carnaval de rua” dormiu, ressurgiu e se profissionalizou. São novos tempos? São. Mas a troca sincera e honesta de felicidade entre pessoas que nunca se viram na vida prossegue. É claro, vez ou outra, algumas confusões se formam. E por ser uma festa onde o que está em questão são os sentidos “da carne”, é natural que os excessos fiquem à flor da pele.

Só se sua carne for de carnaval e o coração igual - Matheus Graciano
Eu no Carnaval de rua do Rio em 2009.

Talvez você viaje para o mato, vá para um retiro religioso ou fique em casa, o que muita das vezes é a melhor opção. Mas se você, como eu, gosta da rua, deixe claro na sua mente que o objetivo principal são as pessoas. Amigos, conhecidos ou encontrados. Não beba a ponto de não lembrar do que fez. Olhe mais nos olhos. Respire mais fundo, por mais que o cheiro que venha não seja o mais agradável do mundo. Ande com a roupa que quiser. Ou sem roupa até. Mas sinta a felicidade correr. É o único momento do ano onde as pessoas são felizes de graça. Sem pedir nada em troca, só a sua própria felicidade compartilhada.

Não há nenhum mistério do planeta. Se a sua carne é de carnaval e seu coração for igual, vá pra a rua! Lembre que nenhuma outra tradição te trará tantas boas recompensas para o que sobrará da sua vida. Só os carnavais são honestos. Só os carnavais são felizes. E quando acabou, chorare.

Lembre-se: tudo o que acontece no resto do ano é pra você comprar presente. Só isso.

Aproveite para ver os vídeos também.

Tem muita gente vendendo felicidade. A Coca-Cola vende. A Antártica também. Até o Bombril. Felicidade é quase uma commodity. Mas para mim, quando se fala de eventos sociais coletivos, existe uma grande diferença na safra de felicidade que brota nesse período específico entre fevereiro e março. É a de melhor qualidade. A mais honesta de todas.

Sim, honesta. Essa é a palavra. Sem floreios. Pense nos Natais e seus presentes trocados, no dia das mães e aquela preocupação do “o que fazer?” e “o que comprar?”, no dia dos pais e seus presentes baratos de última hora, na Páscoa e sua “chocolataria” desenfreada. Ou pior: um dia dos namorados onde um dos “queridos” não presenteou o outro… Veja, todas essas datas são importantes para alguém. E sempre há um dar e receber quase que obrigatório. Isso quando não é.

Gosto do carnaval desde que me entendo por gente. É claro que nos últimos 15 anos muita coisa mudou. Muita mesmo. O “carnaval de rua” dormiu, ressurgiu e se profissionalizou. São novos tempos? São. Mas a troca sincera e honesta de felicidade entre pessoas que nunca se viram na vida prossegue. É claro, vez ou outra, algumas confusões se formam. E por ser uma festa onde o que está em questão são os sentidos “da carne”, é natural que os excessos fiquem à flor da pele.

Só se sua carne for de carnaval e o coração igual - Matheus Graciano
Eu no Carnaval de rua do Rio em 2009.

Talvez você viaje para o mato, vá para um retiro religioso ou fique em casa, o que muita das vezes é a melhor opção. Mas se você, como eu, gosta da rua, deixe claro na sua mente que o objetivo principal são as pessoas. Amigos, conhecidos ou encontrados. Não beba a ponto de não lembrar do que fez. Olhe mais nos olhos. Respire mais fundo, por mais que o cheiro que venha não seja o mais agradável do mundo. Ande com a roupa que quiser. Ou sem roupa até. Mas sinta a felicidade correr. É o único momento do ano onde as pessoas são felizes de graça. Sem pedir nada em troca, só a sua própria felicidade compartilhada.

Não há nenhum mistério do planeta. Se a sua carne é de carnaval e seu coração for igual, vá pra a rua! Lembre que nenhuma outra tradição te trará tantas boas recompensas para o que sobrará da sua vida. Só os carnavais são honestos. Só os carnavais são felizes. E quando acabou, chorare.

Lembre-se: tudo o que acontece no resto do ano é pra você comprar presente. Só isso.