back to top
Sobre

Labs

Blog

Trabalho

Bené de Cidade de Deus: vida real de um personagem emblemático

O filme inspirado no livro de Paulo Lins é um retrato romanceado daquela comunidade nos anos 1970 e 1980.

Soluções digitais para instituições e marketing político.

Bené de Cidade de Deus: vida real de um personagem emblemático

O filme inspirado no livro de Paulo Lins é um retrato romanceado daquela comunidade nos anos 1970 e 1980.

- Anúncios -
- Anúncios -
- Anúncios -
- Anúncios -

A vida de Bené da Cidade de Deus é um mistério foi contada no livro “Cidade de Deus: A história de Ailton Batata, o sobrevivente” e descrita neste post. Clique e confira!

O filme inspirado no livro de Paulo Lins é um retrato romanceado daquela comunidade nos anos 1970 e 1980. Mas o que de fato ocorreu ali, só os verdadeiros personagens daquela história podem contar. Um deles ainda está vivo. É o Aílton Batata, representado como “Sandro Cenoura” na obra cinematográfica.

Verdadeiro Cenoura de Cidade de Deus conta sua versão

Aílton Batata ficou sabendo do livro e filme pela televisão, na época que ainda estava preso. Descobriu também que seu personagem no filme de Fernando Meirelles foi chamado de Sandro Cenoura, vivido pelo ator Matheus Nachtergaele.

Cenoura do Cidade de Deus
Matheus Nachtergaele, em Cidade de Deus: no filme, ele viveu o ex-traficante Ailton Batata (Reprodução do Filme)

Em 2017, ele lançou o livro “Cidade de Deus — A História de Ailton Batata, o sobrevivente”, publicado pela editora FGV e escrito pela antropóloga Alba Zaluar e pelo psicanalista Luiz Alberto Pinheiro de Freitas.

Em uma entrevista ao Jornal Extra, Batata conta sua relação com Mané Galinha, Zé Pequeno, Bené e como tudo aconteceu para que a Guerra na Cidade de Deus fosse consolidada na década de 80, quando o tráfico de drogas entra de vez no Rio de Janeiro.

Bené da Cidade de Deus: da padaria ao tráfico de drogas

Bené foi um personagem coadjuvante no filme. Entretanto, marca uma das cenas mais importantes da narrativa: sua própria morte. Ela dita a passagem de um Zé Pequeno mais brando para um homem enfurecido.

Porém, na história real, muita coisa não foi contada. Na entrevista ao Jornal Extra, Aílton diz que o filme é mentiroso, apesar das pessoas serem reais. Ainda sim, ele conta que o autor, Paulo Lins, só entrevistou aqueles moradores mais curiosos, ou fofoqueiros, que sempre contam uma outra história bem diferente da real.

Batata diz que Bené trabalhava numa padaria. Era parceiro de Zé Pequeno, com quem saía para roubar na cidade. Depois de um tempo, como também é mostrado no livro, eles vêem no tráfico uma atividade mais lucrativa, uma máquina de fazer dinheiro. O surgimento de Zé Pequeno, inclusive, faz com que a guerra pelos pontos de tráfico se inicie.

Um outro detalhe interessante que Aílton Batata cita é que, na Cidade de Deus dos anos 1970 e 80, os bandidos não usavam chinelo de dedos para assaltar. Pelo contrário, eles andavam bem vestidos, cheio de ouros. A cena que retrata um pouco disso é a que Bené pede ao viciado para comprar roupas novas para ele. Na sequência, há a frase clássica: “Virei, Playboy!”.

A liderança de Bené, inclusive, é um capítulo à parte nessa história. Já escrevi sobre ela em 2014 e vale ler um pouco mais sobre esse personagem que, apesar de toda a violência envolvida, ainda encanta pelo seu carisma.

Fontes:
Jornal Extra – Notícias Rio
27 de julho de 2017
UOL Notícias – Cotidiano Rio de Janeiro
28 de agosto de 2017
Folha de São Paulo – Cotidiano
13 de janeiro de 2003
- Anúncios -

Você também vai gostar:

15 Comentários

  1. O trio Ternura e os garotos da caixa d’água existiram mesmo ? Se os garotos existiram, Zé pequeno deu tiro no pé de um dos garotos mesmo ? E no caso do trio Ternura dadinho matou um do trio quando ainda era garoto como mostra no filme ? Que no caso era irmão mais velho do personagem fictício buscape.

    • Das muitas perguntas feitas, o que sei é que, no caso dos meninos da Caixa Baixa, a história é ficcional. Segundo as histórias contadas pelos bandidos da época, não havia crianças no movimento. Por isso, a cena do “tiro na mão ou no pé” não é real. Ainda sim, os furtos onde as crianças roubam e saiam correndo, rolavam sim, segundo o Ailton diz no livro dele.

      Sobre o Trio Ternura, não tenho muitas informações. Mas o Buscapé também é um personagem ficcional.

O que você acha? Comente.

Insira seu comentário aqui.
Por favor, entre com seu nome.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Aproveite para ver os vídeos também.
- Anúncio -
- Advertisement -

A vida de Bené da Cidade de Deus é um mistério foi contada no livro “Cidade de Deus: A história de Ailton Batata, o sobrevivente” e descrita neste post. Clique e confira!

O filme inspirado no livro de Paulo Lins é um retrato romanceado daquela comunidade nos anos 1970 e 1980. Mas o que de fato ocorreu ali, só os verdadeiros personagens daquela história podem contar. Um deles ainda está vivo. É o Aílton Batata, representado como “Sandro Cenoura” na obra cinematográfica.

Verdadeiro Cenoura de Cidade de Deus conta sua versão

Aílton Batata ficou sabendo do livro e filme pela televisão, na época que ainda estava preso. Descobriu também que seu personagem no filme de Fernando Meirelles foi chamado de Sandro Cenoura, vivido pelo ator Matheus Nachtergaele.

Cenoura do Cidade de Deus
Matheus Nachtergaele, em Cidade de Deus: no filme, ele viveu o ex-traficante Ailton Batata (Reprodução do Filme)

Em 2017, ele lançou o livro “Cidade de Deus — A História de Ailton Batata, o sobrevivente”, publicado pela editora FGV e escrito pela antropóloga Alba Zaluar e pelo psicanalista Luiz Alberto Pinheiro de Freitas.

Em uma entrevista ao Jornal Extra, Batata conta sua relação com Mané Galinha, Zé Pequeno, Bené e como tudo aconteceu para que a Guerra na Cidade de Deus fosse consolidada na década de 80, quando o tráfico de drogas entra de vez no Rio de Janeiro.

Bené da Cidade de Deus: da padaria ao tráfico de drogas

Bené foi um personagem coadjuvante no filme. Entretanto, marca uma das cenas mais importantes da narrativa: sua própria morte. Ela dita a passagem de um Zé Pequeno mais brando para um homem enfurecido.

Porém, na história real, muita coisa não foi contada. Na entrevista ao Jornal Extra, Aílton diz que o filme é mentiroso, apesar das pessoas serem reais. Ainda sim, ele conta que o autor, Paulo Lins, só entrevistou aqueles moradores mais curiosos, ou fofoqueiros, que sempre contam uma outra história bem diferente da real.

Batata diz que Bené trabalhava numa padaria. Era parceiro de Zé Pequeno, com quem saía para roubar na cidade. Depois de um tempo, como também é mostrado no livro, eles vêem no tráfico uma atividade mais lucrativa, uma máquina de fazer dinheiro. O surgimento de Zé Pequeno, inclusive, faz com que a guerra pelos pontos de tráfico se inicie.

Um outro detalhe interessante que Aílton Batata cita é que, na Cidade de Deus dos anos 1970 e 80, os bandidos não usavam chinelo de dedos para assaltar. Pelo contrário, eles andavam bem vestidos, cheio de ouros. A cena que retrata um pouco disso é a que Bené pede ao viciado para comprar roupas novas para ele. Na sequência, há a frase clássica: “Virei, Playboy!”.

A liderança de Bené, inclusive, é um capítulo à parte nessa história. Já escrevi sobre ela em 2014 e vale ler um pouco mais sobre esse personagem que, apesar de toda a violência envolvida, ainda encanta pelo seu carisma.

Fontes:
Jornal Extra – Notícias Rio
27 de julho de 2017
UOL Notícias – Cotidiano Rio de Janeiro
28 de agosto de 2017
Folha de São Paulo – Cotidiano
13 de janeiro de 2003
- Anúncio -

15 Comentários

  1. O trio Ternura e os garotos da caixa d’água existiram mesmo ? Se os garotos existiram, Zé pequeno deu tiro no pé de um dos garotos mesmo ? E no caso do trio Ternura dadinho matou um do trio quando ainda era garoto como mostra no filme ? Que no caso era irmão mais velho do personagem fictício buscape.

    • Das muitas perguntas feitas, o que sei é que, no caso dos meninos da Caixa Baixa, a história é ficcional. Segundo as histórias contadas pelos bandidos da época, não havia crianças no movimento. Por isso, a cena do “tiro na mão ou no pé” não é real. Ainda sim, os furtos onde as crianças roubam e saiam correndo, rolavam sim, segundo o Ailton diz no livro dele.

      Sobre o Trio Ternura, não tenho muitas informações. Mas o Buscapé também é um personagem ficcional.

O que você acha? Comente.

Insira seu comentário aqui.
Por favor, entre com seu nome.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.